A bacia hidrográfica constitui-se na superfície terrestre que drena água, sedimentos e materiais dissolvidos para uma saída comum localizada num determinado ponto do curso do rio principal denominada de foz (Guerra & Cunha, 1995). Enquanto espaço geográfico, a bacia hidrográfica integra a maior parte das relações de causa-efeito a serem consideradas na gestão dos recursos hídricos, principalmente as que dizem respeito à degradação ambiental oriunda das atividades humanas.
O Maranhão é detentor de um dos maiores potenciais hídricos do país, possuindo dez bacias e mais dois sistemas hidrográficos costeiros. Mas em face das constantes agressões ao meio ambiente e aos recursos hídricos este grande potencial hídrico não está satisfazendo as necessidades dos Maranhenses.
Diante desta conjuntura importa ao poder público e à sociedade construírem estruturas de gestão e de controle do uso dos recursos naturais, em especial para os recursos hídricos.
De acordo com um estudo feito pelo Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão, a Ilha de São Luís esta inserida no sistema hidrográfico das Ilhas Maranhenses, com a densidade demográfica mais alta do Maranhão, possuindo 1.223,63 hab./km (IBGE, 2010).
Preocupados com a conjuntura atual da gestão de recursos hídricos do nosso Estado, que não possui Comitê de Bacia Hidrográfica, representantes da ACIB participaram do XII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas. O evento teve como tema: “Os desafios dos comitês de Bacia na construção de Pactos pelas águas”, apesar do Maranhão não possuir nenhum comitê de bacia hidrográfica o evento serviu para adquirir conhecimentos e experiências exitosas em Gestão de recursos hídricos. E interagir com a sociedade civil organizada de todo o Brasil e de vários municípios do Maranhão.
A ACIB entende que a sociedade civil, usuários e poder publico devem urgentemente discutir políticas de Gestão de Recursos Hídricos em face da degradação dos nossos rios e águas subterrâneas pelos assentamentos urbanos irregulares sem saneamento e pela perspectiva de grandes empreendimentos agrícolas e industriais no Estado.
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